quarta-feira, 21 de março de 2012

Xenofobia na europa: Os padrões atuais de migração internacional

Oi pessoal,

Uma querida aluna achou essa matéria sobre Xenofobia e me indicou. Leia e confira, é bem interessante!

Letícia, muito obrigada! Você é ótima! :D



Casos xenofóbicos têm tido repercussão internacional. As mortes por motivo de xenofobia têm se tornado pauta de agências nacionais e supranacionais, as quais buscam reprimir esse tipo de intolerância social. Mas por que a xenofobia tem aumentado? Por que na Europa?
por Fernanda Cristina de Paula


Em 2008, foi constatado na Rússia que provavelmente 300 pessoas (em cinco anos) foram mortas por ataques xenofóbicos. Recentemente, os dois filhos de uma advogada sofreram seguidas agressões verbais e físicas de alunos da escola em que estudavam, na Espanha, por serem brasileiros. Em julho de 2011, aproximadamente 80 pessoas morreram em uma explosão de bomba e fuzilamento, realizados por um extremista político com motivos xenofóbicos, na Noruega.
O termo xenofobia se originou na psicologia e é utilizado para designar uma doença: o medo patológico de estrangeiros. Enquanto patologia, a xenofobia se constitui em um medo ou aversão irracional, sem motivos justificáveis. No entanto, atualmente, o termo faz referência a outro fenômeno: os casos de preconceito, discriminação e violência física contra estrangeiros; tudo isso baseado em um discurso não irracional, mas sustentado (principalmente) por ideais de nacionalismo e discussões sobre crise econômica.
Atualmente, houve o aumento de notícias sobre casos de xenofobia, principalmente na Europa. Mas qual seria a causa desse aumento? Por que há uma concentração desses casos na Europa? Qual a relação entre migrantes, nacionalismo e crise econômica?

FLUXOS MIGRATÓRIOS
A proliferação de casos de xenofobia é o reflexo de um padrão e de uma nova intensidade dos fluxos migratórios. Compreender esses fluxos e padrões migratórios ajuda no entendimento da xenofobia enquanto problema social.
Migração é a mudança de residência de um indivíduo ou grupo para outra unidade administrativa (ou seja, outro país, estado ou município). As causas da migração podem ser variadas: busca por novas oportunidades de emprego, busca por melhor qualidade de vida, refugiados por motivos de desastres naturais, guerras, fome ou perseguição (religiosa, étnica, cultural) no seu país de origem. Três fatores caracterizam, atualmente, a migração internacional: (1) padrão de migração, (2) maior facilidade de viajar pelo planeta e se comunicar com pessoas de qualquer parte do mundo, (3) necessidade de países receberem migrantes.

(1) Padrão de migração
Diferentemente do século XIX, quando o fluxo migratório era de pessoas saindo do Velho Mundo (Europa) para o Novo Mundo (Continente Americano), o padrão migratório do século XX e início do século XXI é de grupos saindo de países do sul para residirem em países do norte do planeta. Isso é devido à concentração de países subdesenvolvidos no hemisfério sul de onde saem pessoas que migram para o hemisfério norte (onde se concentram países desenvolvidos, com melhores salários e oportunidade de empregos), buscando melhores condições de vida.

(2) Facilidade de deslocamento e comunicação
Associado a esse padrão dos fluxos migratórios, outro fator que marca a migração atualmente é a globalização (desenvolvimento das tecnologias de transporte e comunicação, que permitem a interação em escala global). Esse fenômeno contemporâneo é responsável por um aumento significativo da facilidade de deslocamentos e comunicação dos migrantes. O avanço dos meios de transportes facilita e difunde meios rápidos de se locomover de um país a outro. A facilidade de comunicação permite, como em nenhuma outra época, que o migrante continue a se comunicar, manter laços e enviar dinheiro para pessoas (geralmente familiares) de seu país de origem. Essas facilidades, possíveis pela globalização, promovem ainda mais a migração contemporânea.

(3) Necessidade de migrantes
O continente europeu apresentou nas últimas décadas dois motivos para precisar de migrantes em seus países. O primeiro motivo é que, depois da reestruturação econômica pós 2ª Guerra Mundial, houve demanda de trabalhadores para empregos que oferecem (relativamente) baixos salários por trabalho braçal, sem exigência de alta escolaridade; foi a massa de migrantes que atendeu a essa demanda do mercado de trabalho. Esse tipo de emprego não interessava aos europeus, os quais apresentam boa escolaridade e preferem empregos com melhores condições de trabalho e salários.
O segundo motivo que fez com que a Europa precisasse de trabalhadores migrantes é a estrutura etária da população. A tendência desse continente é de cada vez nascer um número menor de pessoas ( baixa taxa de natalidade) e de aumento da expectativa de vida. Desse modo, os trabalhadores migrantes são necessários tanto para suprir a quantidade inferior de jovens aptos a trabalhar quanto para pagar os impostos que contribuem para o pagamento do número crescente de aposentados.
Esses três fatores (padrão de migração, facilidade de deslocamento e comunicação, necessidade de trabalhadores estrangeiros) são responsáveis por um grande fluxo migratório para a Europa. Portanto, nos últimos anos, uma quantidade significativa de migrantes fixou residência em países europeus.
A convivência (na mesma porção espacial) com pessoas de etnia, religião e hábitos diferentes pode causar o estranhamento dos moradores em relação aos estrangeiros. Notar e estranhar a diferença são uma reação humana normal (esse fenômeno de estranhamento do estrangeiro é conhecido também como "choque cultural"). No entanto, o estranhamento evolui para xenofobia quando as pessoas começam a discriminar e culpar os estrangeiros por problemas que acontecem na cidade onde moram ou em seu país.
O nacionalismo é o conjunto de ideias e atitudes para pensar o desenvolvimento e o bem da própria nação. No entanto, diante de crises econômicas recentes nos países europeus, discursos nacionalistas têm se pautado no sentimento xenofóbico para explicar e resolver as más situações em que se encontra a economia de seu país. O principal argumento do discurso nacionalista, baseado na xenofobia, é de que os migrantes "roubam" os empregos do restante da população do país que os abriga. Nesse sentido, para os nacionalistas com tendências xenofóbicas, a solução é a expulsão dos migrantes e a proibição da entrada de estrangeiros no país. Nos casos mais dramáticos, o exacerbamento da xenofobia leva alguns indivíduos ou grupos a ações extremas, como atentados terroristas e assassinatos.

ATUALIDADE: O RECEIO EUROPEU
Devido ao padrão de migrantes em direção à Europa, é este continente que tem apresentado a maior parte dos casos extremos de xenofobia. Como exemplo, só nesta década, tem-se o incêndio criminoso de um edifício onde moravam migrantes turcos, na Alemanha; o caso recente do norueguês que explodiu uma bomba no centro de Olso (capital da Noruega) e fuzilou estudantes de um partido de esquerda (que eram contra o discurso de expulsão de migrantes), totalizando aproximadamente 80 mortos. Além disso, foram observadas manifestações e passeatas contra migrantes na França, Portugal, Espanha e Inglaterra. O alvo da xenofobia são, principalmente, latinos, asiáticos e africanos.
A xenofobia e os consequentes atos contras migrantes são oficialmente considerados como crime e violação dos Direitos Humanos. Com receio de que os casos de xenofobia iniciem uma grande onda de intolerância étnica, religiosa e cultural (tal como a vivida na 2ª Guerra Mundial, qual resultou no genocídio de judeus na Alemanha de Hitler), autoridades da União Europeia e organizações supranacionais como a ONU têm criado projetos para repudiar e evitar o desenvolvimento da xenofobia entre os europeus. Grande parte de cidadãos europeus também fazem questão de se mobilizar em passeatas a fim de expressar que a xenofobia é também repudiada por grande parte das pessoas desse continente.

* Fernanda Cristina de Paula
Géografa/Mestre em Geografia (IG/UNICAMP), professora da Rede Municipal de Ensino de Jaguariúna (SP), depaula.fernandac@yahoo.com.br

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Chineses solteiros pagam até R$ 10 mil por esposas virgens

Oi pessoal,

Falando em China, olhem essa reportagem que está no UOL hoje (14/9/11):





Pequim, 14 set (EFE).- O desequilíbrio de gêneros na China obriga os 18 milhões de solteiros chineses a viajar para países como o Vietnã e Brunei em busca de esposas, as quais chegam a valer R$ 10 mil se forem virgens.

Os abortos seletivos de meninas na sociedade também agravam a situação de desequilíbrio. A perspectiva é que em 2020, a China tenha 24 milhões de pessoas solteiras, já que para cada 116 homens nascem 100 mulheres. No resto do mundo, a proporção é de 103 e 107 homens para cada 100 mulheres.

Por conta dessa situação, alguns solteirões chineses optam por viajar para países como o Vietnã para comprar suas esposas. No Vietnã, existem agências especializadas em oferecer esposas a partir de US$ 900. Detalhe: o cliente ainda possui garantia que varia de três meses a um ano, caso sua esposa queira fugir.

Para as vietnamitas, que são as mais cotadas, casar-se com um chinês significa fugir da pobreza e da baixa posição social. Para elas, os chineses são como os americanos são para as chinesas, ou seja, uma fonte segura de vida confortável e segura.

Por sua vez, os homens chineses também optam pela compra de suas esposas para não precisar corresponder às inúmeras exigências das mulheres chinesas, que procurem ao menos homens que ofereçam uma casa, um veículo e um salário fixo elevado.

Segundo um relatório do portal chinês "Souhu Jiaodian" - sobre o custo de um casamento nas maiores cidades da China, elaborado a partir de uma enquete feita pela internet - em Pequim, por exemplo, é preciso em torno de US$ 315 mil para garantir sua esposa.

A pesquisa leva em conta o custo aproximado de uma casa de 80 metros quadrados, despesas com decorações, artigos para o lar, carro, festa de casamento e lua de mel na Europa, além de tudo que foi gasto durante o período de namoro.

Após todos esses cálculos, pagar uma quantia de US$ 900 a US$ 6 mil para comprar uma esposa que, segundo seus vendedores, será carinhosa e boa, motivou muitos chineses. Há uma pressão pessoal e familiar muito forte na China para comprar uma casa e conseguir uma esposa.

Natural da província sulina de Guangxi, Hong Lin, 22 anos, operário e cujo salário mensal é US$ 312, contou ao portal "Global Times", porque foi buscar uma mulher no Vietnã: "Para alguém como eu é muito difícil conquistar uma mulher chinesa. Eu não queria mais ficar sozinho".

Assim como Hong, muitos chineses pobres partem para o sudeste asiático em busca de comprar uma mulher. Na visão delas, os chineses são ricos e, por isso, aceitam se casar imediatamente. No entanto, muitos destes casamentos comprados são feitos sem o consentimento das futuras esposas, que são raptadas de suas famílias e obrigadas a se casarem para, em muitas ocasiões, acabarem maltratadas e prostituídas.

Com casamentos comprados e forçados, muitas esposas, após um curto tempo ao lado "marido", fogem. Em Shuangfeng, na província central de Hunan, muitos habitantes ficaram sem suas esposas. As mulheres, que foram adquiridas por preço médio de US$ 5.686, desapareceram juntas abandonando cerca de 50 chineses.

A fuga coletiva das esposas revelou um possível acordo firmado entre a empresa vendedora e as mulheres vendidas que, desta maneira, poderão ser revendidas e lucrar em dobro com o valor da transação. Por conta desse motivo, os novos compradores estão passando a exigir garantia para empresa.

O desequilíbrio de gêneros intensifica o tráfico de mulheres na China. Porém, a pressão social força muitos solteiros, independentemente da idade, a comprarem suas esposas.

Segundo a Federação de Mulheres Chinesas, na cidade fronteiriça de Guangxi, que possui 120 mil habitantes, vivem 1,6 mil mulheres vietnamitas, sendo que 647 não possuem nenhuma formalidade legal.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Procras.... o quê? PROCRASTINAÇÃO! O que isso tem a ver com você!

Pessoal,

Já falei sobre isso com alguns de vocês!


Eu sou assim e vejo muitos alunos sendo assim também!

Leiam esta reportagem que saiu hoje na Folha de São Paulo e pensem a respeito!

Abraço,




HOJE, SÓ AMANHÃ

A procrastinação está na escola, no trabalho, na louça suja acumulando na pia; entenda e enfrente esse impulso de deixar tudo para a última hora, que só dá prejuízo profissional, social e emocional

IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO

A coisa é tão ruim que até o nome é feio: procrastinação. O "palavrão" designa a ofensa que a pessoa faz a si mesma, mesmo sabendo que isso só a deixará mais vulnerável, sujeita a cometer mais erros, angustiada e exaurida.
O impulso da procrastinação leva você a fazer qualquer coisa, mesmo sem graça, em vez daquilo que é mesmo necessário. Ou você nunca se pegou deletando o lixo do e-mail na hora em que deveria estar enviando um relatório?

ENROLATION
Em levantamento inédito, 33% dos profissionais brasileiros afirmaram gastar duas horas da jornada sem fazer nada de efetivo e 52% admitiram deixar atividades necessárias para a última hora.
Os índices da pesquisa feita por Christian Barbosa, especialista em gestão de tempo, são mais altos que os de pesquisas semelhantes nos EUA, no Reino Unido e na Austrália, onde enroladores crônicos são 20% da população economicamente ativa.
"Aqui, as pessoas se sentem poderosas deixando tudo para a última hora e não ficam culpadas por isso", diz a psicóloga Rachel Kerbauy, da Sociedade Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental, que pesquisou como brasileiros protelam exames e cuidados de saúde.
A culpa com a procrastinação pesa mais em sociedades influenciadas pelo luteranismo ou calvinismo, diz o professor de filosofia Mario Sergio Cortella, da PUC-SP. "A religião colocou o trabalho como elemento de salvação. Adiá-lo vira um vício."
Independentemente de aspectos culturais e morais, a procrastinação, além de não ajudar, atrapalha. E empurrar com a barriga não tira o problema da frente, só faz ele crescer nos pensamentos.
"A única coisa que se pode ganhar é culpa. A pessoa nem consegue fazer algo prazeroso em troca, porque não é uma escolha livre do uso do tempo", diz Cortella.
Na pesquisa, que incluiu 1.606 pessoas, as principais explicações para a enrolação foram falta de tempo, medo do fracasso e complexidade da tarefa a ser feita.
Mas, para a psicanalista Raquel Ajzenberg, da Sociedade Brasileira de Psicanálise, as causas do comportamento podem estar ligadas a dificuldades maiores.

AUTOBOICOTE
Um dos motivos é o que Freud chamou de "fracasso como êxito". É quando a pessoa, por motivos inconscientes, recua sempre que está perto de uma situação de sucesso. Os adiamentos crônicos são um autoboicote.
Acontece também com os perfeccionistas. Para eles, o medo de não conseguir fazer algo impecável paralisa a ação, e o planejamento excessivo para cumprir metas muito idealizadas os leva a adiar o trabalho constantemente.
"A pessoa tem uma coisa importante para fazer, mas fica cavando mais buracos, descobrindo problemas para resolver antes e não faz o que deve ser feito", diz Barbosa.
Ele diz que a maioria é treinada na infância a deixar tudo para a última hora, porque os pais agiam assim.
Culpa também do sistema educacional, vê Cortella. "O estudante daqui é viciado em provas feitas só com a memória. Se é para decorar, o mais fácil é só estudar na véspera."
Enquanto psicanalistas analisam as motivações inconscientes da procrastinação e filósofos se debruçam sobre seus aspectos éticos e morais, os economistas estudam o problema pensando na relação custo-benefício.
Até um prêmio Nobel de economia, o americano George Akerlof, tratou do assunto. Ele concluiu que as pessoas adiam porque os custos imediatos de fazer determinada tarefa parecem mais reais do que o preço de fazê-la no futuro.
"Você tem certeza de qual é o custo imediato, o desprazer do esforço, e tem certa miopia em relação aos benefícios futuros. Acredita que protelar é uma escolha racional, mas é um autoengano", diz o economista Paulo Furquim, professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.

SOB PRESSÃO
Essa ilusão de óptica ajuda a entender por que algumas pessoas embaçam até nas tarefas necessárias para fazer algo de que gostam.
Algumas pessoas também tentam fazer do adiamento uma tática de ação, porque só conseguem se motivar no sufoco da última hora.
Para Barbosa, isso é um padrão mental adquirido por força do hábito. "A pessoa treinou para produzir sob pressão. Se treinou, dá para destreinar e aprender um novo modelo de lidar com o tempo", afirma.
CHEGA DE EMBAÇAR
Estratégias para fazer já o que você costuma deixar sempre para depois


PLANEJAMENTO
Escreva quando, onde e como você fará o que precisa. Condicione uma ação à outra. Por exemplo: "Ao ligar o computador, vou trabalhar 20 minutos no relatório"

DÚVIDA
Questione suas desculpas para protelar. É melhor trabalhar após uma noite de sono ou você dormirá mal pensando no prazo e estará cansado no outro dia?

DESCOMPLICAÇÃO
Não enfeite seu objetivo, criando mais tarefas até poder realizá-lo. Se o seu problema é arrumar as roupas no armário, não invente de pintar as prateleiras antes

BLINDAGEM
Tire da frente todas as distrações: elimine atalhos de e-mails, jogos ou redes sociais da tela do computador; não deixe a geladeira cheia de doces se quer fazer uma dieta

BARGANHA
A tarefa chata é o real, os benefícios só virão no futuro; crie 'prêmios' para cada etapa finalizada. Um simples bombom, para o cérebro, é uma recompensa imediata

FLEXIBILIDADE
Se o planejamento não está dando certo, mude sem medo de fracasso. Trocar de estratégia não é adiar, só tome cuidado para não se tornar mais uma desculpa

MOTIVAÇÃO
Pense no que vai ganhar com a realização de suas ações e no que perde deixando para depois; defina objetivos

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO
Fracione o objetivo final em pequenas metas, as tarefas a cumprir; estabeleça prazos imediatos para concretizá-las

SEGURANÇA
Reforce sua autoconfiança para atingir o seu objetivo no prazo, abastecendo-se de informações ou materiais que precisa para realizá-lo. Defina objetivos realistas, nem difíceis nem fáceis demais

AUTOPRESERVAÇÃO
Evite lidar ao mesmo tempo com várias situações que exijam muito autocontrole (começar o regime na semana em que deve se concentrar para prestar concurso)

CAUSAS
Procure descobrir os motivos que levam você a protelar: medo de errar ou do sucesso, perfeccionismo. Um psicólogo pode ajudá-lo a entender essas motivações
'Entrei naquele ciclo em que o importante vira urgente'
"Durante muito tempo, fui a típica workaholic. Queria fazer mais do que podia e acabava deixando muita coisa para depois, principalmente na vida pessoal. Mas, mesmo no trabalho, eu adiava as coisas mais chatas, que eu não queria resolver.
Entrei naquele ciclo em que o importante vira urgente e você não tem mais controle do seu dia.
E tinha muita coisa importante que eu estava adiando: queria emagrecer, mas nunca começava o regime, queria ter mais tempo para meu filho, mas deixava para fazer o planejamento mais tarde.
Resultado: em 22 anos de carreira, nunca tinha tirado 20 dias de férias com ele, de verdade.
No começo deste ano, resolvi mudar de atitude. Sabia que precisava me organizar, fiz um curso para conseguir planejar e usar melhor meu tempo. Mas não foi só isso.
Para deixar de procrastinar, você precisa entender por que faz isso, saber as causas. Para mim, elas tinham a ver com minhas inseguranças, meu medo de falhar.
A psicoterapia que me ajudou a mudar de atitude, a deixar de empurrar problemas com a barriga. As técnicas de gestão de tempo tornaram as mudanças mais fáceis. Em vez do 'deixa pra amanhã', adotei o 'faça agora'.
Claro que, vira e mexe, aparece a vontade de deixar as coisas para depois, são velhos hábitos. Mas mudar um hábito é assim mesmo, não acontece de uma hora para outra."

Raquel Henriques, 38, gerente de recursos humanos

'Parece que sou o tipo que só consegue agir na urgência'
"Deixo tudo para amanhã. Quero parar de ser assim, mas parece que não tenho como sair disso.
Eu tento. Se tenho um trabalho para entregar, me programo para fazer antes, mas sempre aparece alguma outra coisa para fazer. E, se não aparece, invento qualquer coisa, não precisa nem ser interessante.
Qualquer programa bobo de TV serve de desculpa, é muito irracional.
Um dia antes de entregar o trabalho, bate o desespero. Passo a madrugada fazendo, fico ansioso, sofro muito mais.
Fiz estágio de direito no Ministério Público, tinha prazos para entregar os processos, mas, se não tivesse alguém o tempo inteiro em cima de mim, deixava para a última hora.
No fim, dava tudo certo, entregava no prazo. Acho que é por isso que eu continuo agindo assim.
E tem a força da manada, porque muita gente é igual. Se tem um trabalho para entregar e vejo que meus amigos ainda nem começaram a fazer, eu acho que está tranquilo.
Eu não adio as coisas só no trabalho e na faculdade. Sou assim para tudo: sempre que vou viajar deixo para comprar a passagem na última hora -e pago mais caro. Fico enrolando para sair de casa e ir a um programa, quando chego aproveito menos.
Meu problema não é falta de motivação. Parece que sou o tipo que só consegue agir na urgência.
Sempre penso em mudar, dar outro andamento para a minha vida. Quando vou começar a fazer isso? Amanhã!"

André Hyppolito, 20, estudante

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O caseiro do Piauí e a camareira da Guiné

Por Augusto Nunes
 
 
Nascido no Piauí, Francenildo Costa era caseiro em Brasília. Em 2006, depois de confirmar que Antonio Palocci frequentava regularmente a mansão que fingia nem conhecer, teve o sigilo bancário estuprado a mando do ministro da Fazenda.
Nascida na Guiné, Nafissatou Diallo mudou-se para Nova York em 1998 e é camareira do Sofitel há três anos. Domingo passado, enquanto arrumava o apartamento em que se hospedava Dominique Strauss-Kahn, foi estuprada pelo diretor do FMI e candidato à presidência da França.
Consumado o crime em Brasília, a direção da Caixa Econômica Federal absolveu liminarmente o culpado e acusou a vítima de ter-se beneficiado de um estranho depósito no valor de R$ 30 mil. Francenildo explicou que o dinheiro fora enviado pelo pai. Por duvidar da palavra do caseiro, a Polícia Federal resolveu interrogá-lo até admitir, horas mais tarde, que o que disse desde sempre era verdade.
Consumado o crime em Nova York, a direção do hotel chamou a polícia, que ouviu o relato de Nafissatou. Confiantes na palavra da camareira, os agentes da lei descobriram o paradeiro do hóspede suspeito e conseguiram prendê-lo dois minutos antes da decolagem do avião que o levaria para Paris ─ e para a impunidade perpétua.
Até depor na CPI dos Bingos, Francenildo, hoje com 28 anos, não sabia quem era o homem que vira várias vezes chegando de carro à “República de Ribeirão Preto”. Informado de que se tratava do ministro da Fazenda, esperou sem medo a hora de confirmar na Justiça o que dissera no Congresso. Nunca foi chamado para detalhar o que testemunhou. Na sessão do Supremo Tribunal Federal que julgou o caso, ele se ofereceu para falar. Os juízes se dispensaram de ouvi-lo. Decidiram que Palocci não mentiu e engavetaram a história.
Depois da captura de Strauss, a camareira foi levada à polícia para fazer o reconhecimento formal do agressor. Só então descobriu que o estuprador é uma celebridade internacional. A irmã que a acompanhava assustou-se. Nafissatou, muçulmana de 32 anos, disse que acreditava na Justiça americana. Embora jurasse que tudo não passara de sexo consensual, o acusado foi recolhido a uma cela.
Nesta quinta-feira, Francenildo completou cinco anos sem emprego fixo. Palocci completou cinco dias de silêncio: perdeu a voz no domingo, quando o país soube do milagre da multiplicação do patrimônio. Pela terceira vez em oito anos, está de volta ao noticiário político-policial.
Enquanto se recupera do trauma, a camareira foi confortada por um comunicado da direção do hotel: “Estamos completamente satisfeitos com seu trabalho e seu comportamento”, diz um trecho. Nesta sexta-feira, depois de cinco noites num catre, Strauss pagou a fiança de 1 milhão de dólares para responder ao processo em prisão domiciliar. Até o julgamento, terá de usar uma tornozeleira eletrônica.
Livre de complicações judiciais, Palocci elegeu-se deputado, caiu nas graças de Dilma Rousseff e há quatro meses, na chefia da Casa Civil, faz e desfaz como primeiro-ministro. Atropelado pela descoberta de que andou ganhando pilhas de dinheiro como traficante de influência, tenta manter o emprego. Talvez consiga: desde 2003, não existe pecado do lado de baixo do equador. O Brasil dos delinquentes cinco estrelas é um convite à reincidência.
Enlaçado pelo braço da Justiça, Strauss renunciou à direção do FMI, sepultou o projeto presidencial e é forte candidato a uma longa temporada na gaiola. Descobriu tardiamente que, nos Estados Unidos, todos são iguais perante a lei. Não há diferenças entre o hóspede do apartamento de 3 mil dólares por dia e a imigrante africana incumbida de arrumá-lo.
Altos Companheiros do PT, esse viveiro de gigolôs da miséria, recitam de meia em meia hora que o Grande Satã ianque é o retrato do triunfo dos poderosos sobre os oprimidos. Lugar de pobre que sonha com o paraíso é o Brasil que Lula inventou. Colocados lado a lado, o caseiro do Piauí e a camareira da Guiné gritam o contrário.
Se tentasse fazer lá o que faz aqui, Palocci não teria ido além do primeiro item do prontuário. Se escolhesse o País do Carnaval  para fazer o que fez nos Estados Unidos, Strauss só se arriscaria a ser convidado para comandar o Banco Central. O azar de Francenildo foi não ter tentado a vida em Nova York. A sorte de Nassifatou foi ter escapado de viver num Brasil que absolve o criminoso reincidente e castiga quem comete o pecado da honestidade.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

DEMOCRACIA - É realmente o que vivemos?

Olá, 

Abri meu e-mail agora há pouco e encontrei o link para este material abaixo, enviado por uma daquelas alunas acha na escola algo além das notas! Valeu Alê!

Leiam e percebam, como ela, que vivemos num Estado Democrático, no entanto, um pouco distante do que está definido nestas palavras!



Democracia vem da palavra grega “demos” que significa povo. Nas democracias, é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo.

Embora existam pequenas diferenças nas várias democracias, certos princípios e práticas distinguem o governo democrático de outras formas de governo.

  • Democracia é o governo no qual o poder e a responsabilidade cívica são exercidos por todos os cidadãos, diretamente ou através dos seus representantes livremente eleitos.

  • Democracia é um conjunto de princípios e práticas que protegem a liberdade humana; é a dinstitucionalização da liberdade.

  • A democracia baseia-se nos princípios do governo da maioria associados aos direitos individuais e das minorias. Todas as democracias, embora respeitem a vontade da maioria, protegem escrupulosamente os direitos fundamentais dos indivíduos e das minorias.

  • As democracias protegem de governos centrais muito poderosos e fazem a descentralização do governo a nível regional e local, entendendo que o governo local deve ser tão acessível e receptivo às pessoas quanto possível.

  • As democracias entendem que uma das suas principais funções é proteger direitos humanos fundamentais como a liberdade de expressão e de religião; o direito a proteção legal igual; e a oportunidade de organizar e participar plenamente na vida política, econômica e cultural da sociedade.

  • As democracias conduzem regularmente eleições livres e justas, abertas a todos os cidadãos. As eleições numa democracia não podem ser fachadas atrás das quais se escondem ditadores ou um partido único, mas verdadeiras competições pelo apoio do povo.

  • A democracia sujeita os governos ao Estado de Direito e assegura que todos os cidadãos recebam a mesma proteção legal e que os seus direitos sejam protegidos pelo sistema judiciário.

  • As democracias são diversificadas, refletindo a vida política, social e cultural de cada país. As democracias baseiam-se em princípios fundamentais e não em práticas uniformes.

  • Os cidadãos numa democracia não têm apenas direitos, têm o dever de participar no sistema político que, por seu lado, protege os seus direitos e as suas liberdades.

  • As sociedades democráticas estão empenhadas nos valores da tolerância, da cooperação e do compromisso. As democracias reconhecem que chegar a um consenso requer compromisso e que isto nem sempre é realizável. Nas palavras de Mahatma Gandhi, “a intolerância é em si uma forma de violência e um obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro espírito democrático”.

    FONTE: Embaixada dos EUA no Brasil -  http://www.embaixadaamericana.org.br/democracia/what.htm

  • terça-feira, 3 de maio de 2011

    Rainha Elizabeth II - Quase eterna!

    Em tempos de casamento real na Grã Bretanha, recebi um e-mail com fotos da Rainha em encontros oficiais com presidentes dos EUA.

    Vejam e calculem! Impressionante!

    OBAMA



    BUSH - filho






    CLINTON


    BUSH - pai

    REAGAN


    CARTER

    FORD

    NIXON


    KENNEDY

    EISENHOWER

    TRUMAN






    E o e-mail acabava com a seguinte comparação:




    "E mesmo depois de tanto tempo, ela ainda não viu o Corínthias ganhar a Libertadores!"

    Puxa! Que maldade!

    segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

    Família britânica produz apenas uma sacolinha de lixo em 2010!

    Oi galerinha,

    Vi essa manchete que me fez sair brevemente das minhas férias, mas acho que vale a pena!

    http://myzerowaste.com/2011/01/results-of-our-zero-waste-year/

    Até!

    Prô Débora